A artista

Miriam Pires iniciou seus estudos de arte em 1980, na Faculdade de Artes da Universidade Federal de Goiás, fazendo, primeiramente, graduação em Desenho e Plástica, especializando-se em Gravura. Recebeu dois prêmios de Gravura ainda como estudante. Paralelamente, fez o curso de Licenciatura em Artes Visuais, também na UFG. Impelida pela busca de um papel diferente para suas gravuras, fundou e dirigiu a empresa Miriam Pires-Papéis com Arte, de 1988 a 2012. Pesquisou as potencialidades de uso de mais de 70 fibras da flora brasileira na fabricação de papéis para utilização artística, desenvolvendo papéis para artistas importantes do panorama das Artes Visuais, tais como Lygia Pape, Antônio Dias, Benê Fonteles, Wesley Duke Lee, Sergio Fingermann, Rubens Gerchman, Aldemir Martins, Siron Franco, Marcelo Solá, entre outros. Além disso, desenvolveu produtos de design em papel e para sua própria criação artística. Também exerceu, na Secretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, a função de assessoramento superior (FAS), tendo organizado eventos e concebido, ministrado e coordenado diversos cursos no âmbito criativo com artistas importantes, reforçando o papel como suporte e linguagem artística em 1992 e 1994.

No ano 2000, mudou-se para a Espanha, onde realizou os Estudios Avanzados del tercer ciclo – DEA (equivalente ao mestrado) pelo Programa de Doctorado Investigación en la creación artística: teoría, técnicas y restauración, da Universidad de Granada, e participou de várias exposições. Em 2018, retornou ao Brasil e atuou como professora substituta no curso de Licenciatura em Artes Visuais e no EJA-Artesanato no Instituto Federal de Goiás, Campus Cidade de Goiás (2018 e 2019). Atualmente, é gerente de Artesanato e coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro, representando o estado de Goiás. É pesquisadora em Arte Contemporânea, Cultura Originária e Arte Popular, ministra cursos e palestras sobre temas como arte contemporânea, artesanato, arte-educação, arte e meio ambiente, arte e natureza, arte e reciclagem, arte e cidade, cultura indígena, cultura originária, cultura popular e cultura artística.

Nas Artes Visuais, expôs gravuras no âmbito acadêmico e, como estudante. Posteriormente, desenvolveu uma série de objetos tridimensionais, realizando a sua primeira exposição individual, intitulada “Objetos e Neon” na GALERIA DE ARTE BAUHAUS em Goiânia, Goiás, Brasil, em 1985. Nessa fase tridimensional, representou Goiás na 1ª Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, realizada em Fortaleza, Ceará, Brasil, 1986. Atualmente, trabalha com instalação, instauração e performance, criando uma série de diálogos, tais como: “Diálogos con el Viento”, realizado no MIRADOR DE SAN NICOLÁS, Granada, Espanha, em 2013; “Diálogos Cosmológicos: Sentir-se Natureza – Sobrevivência”, no Rio Tatuarí, PARQUE DO XINGÚ, Brasil, em 2013; “Diálogo en Rojo”, no Museu de Almería, Almería, Espanha, em 2017; e “Doce Diálogo”, na CIDADE DE GOIÁS, Brasil, em 2019. Anteriormente, desenvolveu séries monocromáticas com as cores vermelho e branco, nas quais resultou a Instauração Parto (sala 1 de Parir e sala 2 de Partir), na CASA DEL CARRIL, Carchelejo, Jaén, Espanha, em 2017.

Realizou diversas exposições nacionais e internacionais, como METROPOL OPENING ART em Sevilla, Espanha em 2017; NO QUIERO SER FUERTE: QUIERO SER VULNERABLE na La casa del Carril em Carchelejo, Jaén, Espanha em 2017; TERRITORIO SUR no Museo de Almería em Almería, Espanha em 2014; EL ESPEJO. ¿Quién es la más Bella de esa sala? em Archidona, Málaga, Espanha em 2013; MIRADAS DE LA NATURALESA em Granada, Espanha em 2009; IKAS-ART em Bilbao, Espanha em 2008; SALON NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS no Museu de Arte Moderna de Río de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil em 2003; 3º FLACC. PAPEL Y PAPEL na ECT Galeria de Arte em Brasília, DF, Brasil em 1996; EL PAPEL Y EL LENGUAJE ARTÍSTICO no Centro de Estudios Brasileños em Buenos Aires, Argentina em 1992; IX SALÓN DE ARTES PLÁSTICAS no Museu de Arte em Brasília, DF, Brasil em 1986.

Além disso, tem obras nas coleções permanentes dos seguintes museus: MAG – Museu de Arte de Goiânia, Goiás, Brasil; Museu del Papel de “Keiyusha. Yatsuo Toyama”, Japão; Museu do Banco Central de Equador; Coleção de Arte Contemporânea da Universidade de Granada, Espanha; Coleção Permanente de Arte Contemporânea da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brasil; e MAB – Museu de Arte de Brasília, bem como no MAG – Museu de Arte de Goiânia.

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